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Significado de liberal arts

artes liberais; educação humanística; formação intelectual

Etimologia e História de liberal arts

liberal arts(n.)

No final do século XIV, a expressão traduzia o latim artes liberales; referia-se às sete disciplinas voltadas para o aprimoramento intelectual, em vez de um propósito prático imediato, e, por isso, consideradas dignas de um homem livre (liberal aqui se opõe a servile ou mechanical). Essas disciplinas eram divididas em trivium — gramática, lógica, retórica (veja trivial) — e quadrivium — aritmética, geometria, música, astronomia. Fowler (1926) explica que era "a educação destinada a um cavalheiro (do latim liber, um homem livre) e... opunha-se, por um lado, ao treinamento técnico ou profissional ou qualquer formação especial, e, por outro, à educação que não vai além da adolescência."

The study of [the classics] is fitly called a liberal education, because it emancipates the mind from every narrow provincialism, whether of egoism or tradition, and is the apprenticeship that every one must serve before becoming a free brother of the guild which passes the torch of life from age to age. [James Russell Lowell, "Among my Books"]
O estudo [dos clássicos] é apropriadamente chamado de liberal education, porque liberta a mente de todo provincialismo estreito, seja ele egoísta ou tradicional, e é o aprendizado que todos devem passar antes de se tornarem irmãos livres da guilda que passa a tocha da vida de geração em geração. [James Russell Lowell, "Among my Books"]

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Meados do século XIV, a palavra liberal era usada para descrever alguém "generoso" e, também, "nobre, de linhagem nobre, livre". No final do século XIV, passou a ter um sentido mais positivo, como "altruísta, magnânimo, admirável". Já no início do século XV, começou a ser utilizada de forma negativa, para caracterizar pessoas "extravagantes, desenfreadas". Sua origem remonta ao francês antigo liberal, que significava "apropriado para pessoas livres; nobre, generoso; disposto, zeloso" (século XII). Essa palavra, por sua vez, vem do latim liberalis, que se traduz como "nobre, gracioso, munificente, generoso", e que literalmente significa "relativo à liberdade, próprio de uma pessoa livre". A raiz dessa palavra é liber, que quer dizer "livre, sem restrições, desimpedido; indomável, desenfreado, licencioso".

Há quem sugira que a origem mais remota da palavra possa ser encontrada na língua proto-indo-europeia, especificamente na forma *leudh-ero-. Essa raiz provavelmente se referia a algo como "pertencente ao povo", embora o desenvolvimento semântico exato seja um tanto obscuro. Um termo comparável é frank (adjetivo). Essa forma com sufixo derivava da raiz *leudh- (2), que significa "povo" e é a mesma que deu origem ao eslavo antigo ljudu, ao lituano liaudis, ao inglês antigo leod e ao alemão Leute, todos significando "nação, povo". No alto alemão antigo, liut se referia a "pessoa, povo".

Quem, de fato, como um vilão liberal,
Confessou os encontros viles que teve
Mil vezes em segredo.
[Muito Barulho por Nada, IV.1.93]

No século XVI e XVII, liberal passou a ser usado como um termo pejorativo, significando "livre de restrições em fala ou ação". Durante o Iluminismo, a palavra foi resgatada com um sentido positivo, referindo-se a alguém "livre de preconceitos, tolerante, não bigotista ou estreito", uma acepção que começou a ganhar força entre 1776 e 1788. No século XIX, seu uso era mais comum no contexto teológico do que político, sendo oposta a orthodox e aplicada a unitários, universalistas, entre outros. Para um contexto educacional, consulte liberal arts.

Quando se trata exclusivamente de opinião política, a expressão "tendendo a favor da liberdade e da democracia" surgiu por volta de 1801, originando-se do francês libéral. No início, o rótulo foi aplicado por opositores (frequentemente na forma francesa e com conotações de desordem jurídica estrangeira) ao partido que defendia mais as liberdades políticas individuais. Contudo, especialmente na política dos Estados Unidos, passou também a significar "favorável à ação governamental para promover mudanças sociais". Essa interpretação parece ter se desviado em alguns momentos, refletindo mais a ideia religiosa de "livre de preconceitos em favor de opiniões tradicionais e instituições estabelecidas", o que sugere uma abertura a novas ideias e propostas de reforma, conceito que começou a se formar por volta de 1823.

Essa é a mentalidade que passou a ser conhecida como liberal. Ela implica convicções vigorosas, tolerância para com as opiniões alheias e um desejo persistente por um progresso sólido. É um método de abordagem que desempenhou um papel notável e construtivo em nossa história, e que merece ser amplamente testado hoje na busca por nossa fascinante tarefa americana. [Guy Emerson, "The New Frontier," 1920]

"Comum, como se pode encontrar em qualquer lugar," década de 1580; "insignificante, trivial," década de 1590; vem do latim trivialis "comum, vulgar," que literalmente significa "de ou pertencente aos cruzamentos," derivado de trivium "lugar onde três estradas se encontram." Com o tempo, passou a designar "um lugar aberto, um espaço público," vindo de tri- "três" (veja three) + via "estrada" (veja via). A conexão de sentido é "público," daí "comum, vulgar."

O uso mais antigo da palavra em inglês remonta ao século 15, trivialle, uma adaptação separada no contexto acadêmico, significando "pertencente às três disciplinas do trivium" (as três primeiras liberal arts — gramática, retórica e lógica). Isso vem do uso em latim medieval de trivialis nesse sentido, originado de trivium, que é o neutro do adjetivo latino trivius "de três estradas; dos cruzamentos." Relacionado: Trivially.

Para entender a evolução do sentido até "informações inúteis," veja trivia.

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Tendências de " liberal arts "

Adaptado de books.google.com/ngrams/. N-gramas são provavelmente pouco confiáveis.

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AI-gerado. Para o texto original, clique aqui: Etymology, origin and meaning of liberal arts

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